Flexitarianismo - o vegetarianismo flexível

Flexitarianismo surge da fusão entre as palavras “vegetarianismo” e “flexível”, uma dieta baseada na ingestão de alimentos vegetais mas que permite a ingestão, esporádica, de peixe e carne.

Quando li achei logo que me encaixava na perfeição nesta designação, eu que me preocupo com a minha dieta alimentar e gosto cada vez mais de refeições vegetarianas, mas que em dias de festa não consigo resistir a certos alimentos que contêm carne. Porque, para mim, ser saudável é comer o que me faz feliz!

Esta ideia, tal como o próprio nome indica, nasce do fundamento de um vegetarianismo flexível, em que não existe a necessidade de eliminar de forma radical o consumo de carne ou peixe para se obterem os benefícios associados a uma dieta vegetariana. Assim, habitualmente, quem opta por este tipo de dieta, cozinha e consome pratos vegetarianos, mas, esporadicamente, também consome - como por exemplo em momentos festivos - carne ou peixe.

Aqueles que optarem por uma dieta flexitariana privilegiam o consumos de alimentos biológicos, livres de pesticidas e químicos, o consumo de alimentos sazonais, a escolha de produtos sustentáveis e uma dieta que prima pela diversidade de alimentos.

Numa dieta vegetariana existe a necessidade de se alternar fontes proteicas completas e equilibradas, em substituição da carne e peixe. Consegue-se através do consumo de derivados de proteína animal, por exemplo, de lacticínios (sobretudo iogurtes e queijo), ovos e de proteínas de origem vegetal (como as leguminosas: feijão, grão, lentilhas; os frutos oleagionosos: nozes, amêndoas, avelãs; as sementes: sésamo, girassol, abóbora, entre outras; e os cereais não refinados: flocos de aveia, arroz semi-integral, massa integral.

Há quem acredite que esta é uma dieta até mais equilibrada na medida em que é possível colmatar os défices nutricionais e vitamínicos que, por vezes, se verificam numa dieta vegetariana. Por exemplo, uma das principais dificuldades na dieta vegetariana é o aporte de vitamina B12, existente em alimentos de origem animal.

Ainda assim, segundo as organizações vegetarianas, o flexitarianismo não é reconhecido como um tipo de vegetarianismo, já que não há a abstenção por completo do consumo de carne na dieta.

Eu e o Flexitarianismo...

Sem dúvida que esta é o tipo de dieta em que mais me revejo. Pela minha área profissional e, também, pelos vários os estudos que leio (atenção que existem inúmeros estudos e que, dependendo do seu ênfase e da mensagem que procuram transmitir, podem ser mais ou menos adequados a determinadas pessoas e filosofias de vida. Ah e estudos do facebook, não contam ok?!?) que para mim faz-me todo o sentido privilegiar uma alimentação considerada saudável, mas adaptada aos meus gostos e àquilo que em determinado momento me faz sentir bem comigo mesma.

Desde o início deste ano que reduzi significativamente o consumo de carne, pelo impacto no ambiente, pelos estudos que comprovam os não benefícios no seu consumo, porque sou a favor da não crueldade animal e porque, efetivamente, não me faz assim tanta falta. 

Mas respondendo a uma das afirmações que mais ouço: "não podes comer carne?". Sim eu posso comer carne, aliás eu posso comer tudo o que me apetece! Felizmente não possuo nenhuma doença, alergia ou intolerância, simplesmente não quero comer carne, em determinadas ocasiões. Não quero porque não me faz falta, não quero porque me sinto bem sem o seu consumo, não quero porque prefiro a sua substituição por alimentos mais saudáveis. Mas sim, eu posso comer carne, quando em determinadas ocasiões me apetece fazê-lo. E faço-o, sem ressentimentos, sem me criar ansiedade, sem no dia seguinte fazer uma dieta detox.

Este artigo teve como fonte principal a Nutricionista da Unidade de Nutrição do Hospital Lusíadas Lisboa, Ana Rita Lopes, aqui.

Sorriam e Sonhem Sempre Mais* (comendo o que mais vos fizer feliz!)