Somos aquilo que comemos

Já me conhecem um bocadinho e já sabem que comer é um dos meus maiores gostos! Não resisto a um belo petisco, a uma boa festa acompanhada de boa comida e regada de boa pinga. Mas, cada vez mais, o meu corpo pede-me moderação e que o alimente saudavelmente.

Partilho com vocês uma situação que se passou comigo esta semana para que, também vocês, possam refletir no vosso estilo de vida e estar atentas aos sinais que o vosso corpo vos dá.

Já vos confessei que a tarefa de "manter uma alimentação saudável" nem sempre é fácil, pois sou facilmente tentada por aqueles típicos repastos e pratos que a sua maleficência é proporcional ao seu sabor maravilhoso.

Revelo, então, que a semana passada foram as festas da minha freguesia, juntando aos Santos Populares e à abertura oficial da época dos petiscos. Com todos estes eventos nos 3 dias do passado fim-de-semana (incluindo a 6ª feira) deitei-me todos os dias bastante tarde pelo que acordei também tarde, saltei a minha refeição preferida todos estes dias: o pequeno-almoço. Almoçava qualquer coisa que houvesse lá por casa e, por volta das 17h, lá ia para a "ramboia" e festividades dos petiscos. A acrescentar a estes já vergonhosos hábitos, juntei o facto de em 3 dias ter bebido a quantidade de água que deveria ter bebido em apenas meio dia.

E porque partilho isto com vocês, dream girls?

Uma planta só cresce saudável se estiver em solo fértil e for regada convenientemente e com o nosso organismo funciona de igual forma.

Se o nosso corpo é o bem mais precioso que temos, porque é que tantas vezes temos tendência a descurar dele? Por que apenas valorizamos a nossa saúde e bem-estar quando esta nos falta? 

O que acontece é que no Domingo estive com muitas dores musculares (não fiz nenhum esforço extra nem qualquer atividade física extraordinária) pelo que esse facto deveu-se única e exclusivamente ao meu corpo se estar a ressentir de todo o mal que lhe fiz em 3 dias e, obviamente, a pedir-me para parar e cuidar dele!

Existem já variadíssimos estudos desenvolvidos que nos comprovam que várias doenças estão diretamente ligadas à nossa alimentação, é por isso que priorizo cada vez mais uma alimentação saudável e equilibrada, dando primazia a alimentos vegetais, biológicos consumidos a cru, cozidos ou grelhados.

A verdade é que a nossa alimentação interfere diretamente com a regeneração muscular. Pois os nutrientes de certos alimentos ajudam a prevenir o desgaste  e cansaço muscular bem como promovem a sua recuperação. E é, por tudo isso, que devemos cuidar de nós de dentro para fora, pois o nosso corpo necessita de ser alimentado de forma correta. Quando tal não acontece, há um acumular de problemas que poderão despoletar em sintomas e, por fim, interferir com o nosso bem-estar.

Analisemos os factos:

- 80% da nossa massa muscular é constituída por água. E eu que já habituei o meu corpo a ingerir cerca de 1,5l-2l de água por dia e eu, por dia, apenas lhe dei 1/3 da quantidade a que ele está habituado.

- Já partilhei com vocês que opto por uma dieta flexitariana, e nestes 3 dias dei ao meu corpo a quantidade de carne que talvez ele esteja habituado a comer em 3 meses. Para além disso, não cumpri uma alimentação diversificada, pouco ou nada ingeri de leguminosas e, mesmo as porções de fruta, foram muito reduzidas.

E ainda tendo em conta que as leguminosas de folha verde escura são uma fonte rica em nutrientes, com grande quantidade de fósforo magnésio e potássio...

Bem, não é preciso dizer mais nada, certo?

- Peixes como a sardinha são ricos em ómega 3, um dos nutrientes mais importantes para a regeneração e proteção muscular. Bem ao menos aqui eu acertei, porque se houve algo que não faltou foi a "bela da sardinha no pão".

- A juntar à vertente alimentação também pouco descansei, e troquei as horas de sono e o único exercício físico que fiz foi "pastelar" no sofá (se bem que trocar as horas de sono já é algo que eu - enfermeira por turnos - já estou habituada).

É a partir do momento em que investimos em nós e procuramos ter uma alimentação equilibrada e rica em todos os nutrientes que o nosso organismo se torna mais saudável e, isso, irá refletir-se no nosso dia-a-dia e na nossa forma de estar.

Não nos esqueçamos que o mais importante é comer de forma equilibrada e sem extremismos. Tudo é permitido desde que com consciência e moderação. 

Sigam uma dieta que vos faça sentido, optem por uma alimentação diversificada, colorida, com produtos frescos, e procurem reduzir os alimentos processados e fast-foods. Dêem primazia aos cozidos e grelhados e aproveitem agora o Verão e insiram as saladas na vossa alimentação. Um bom e completo pequeno almoço é uma excelente forma de começar o dia. Não saltar refeições, assim como comer faseadamente e apenas aquilo que o corpo precisa. 

Finalizo a dizer-vos que, obviamente, não devemos esquecer que o nosso bem-estar total depende da interligação de vários fatores, como por exemplo, sono reparador, exercício físico, diminuição do stress diário e, claro, da alimentação.

Espero que tenham gostado desta partilha e ter ajudado a despertar a vossa consciência para "ouvir" o que o nosso corpo nos diz, para que possam, também vocês, cuidar da melhor forma do vosso bem mais precioso. ⭐

Sorriam e Sonhem Sempre Mais*